sábado, 8 de novembro de 2014

Lixo Nuclear: Abortar Missão

Goiânia, 13 de Setembro de 1987...
Dois jovens catadores de lixo encontram um aparelho de radioterapia de 100 kg em um prédio público abandonado, e levam-no para casa de um deles no intuito de retirar o chumbo e o metal para vender. Na tentativa da extração, tiveram contato com uma cápsula de Césio 137, um metal radioativo, e pouco tempo depois, ambos começam a ter sintomas de contaminação radioativa, como tonteiras, náuseas e vômitos, mas associam os sintomas à alimentação.
Após 05 (cinco) dias, o equipamento foi vendido para Devair Alves Ferreira, dono de um ferro-velho no Setor Aeroporto. No desmanche do material abriu a cápsula e percebeu o brilho azul do material, decidindo levar para dentro de casa. Sua família, parentes, amigos e curiosos foram ver o material e os sintomas da contaminação perpetuavam-se.
Quando procuravam atendimento médico, eram diagnosticados apenas com viroses e recebiam medicação básica, até que Lourdes, esposa do Devair, ao ver sua filha muito doente resolveu recolher uma amostra do material e levar à Vigilância Sanitária da cidade, quando detectaram o elemento radioativo, Césio 137.
A pequena garota de 06 (seis) anos, Leide das Neves Ferreira, ingeriu Césio 137, não resistiu aos cuidados médicos e veio ao óbito. Ao todo, mais de 600 (seiscentas) pessoas foram vitimadas pelo contato com o elemento Césio 137 e parte da população necessita de cuidados especiais por conta das sequelas.
Veja a galeria de fotos, da produção do G1, acerca do acidente com Césio 137.
http://g1.globo.com/goias/fotos/2012/09/veja-fotos-da-epoca-do-acidente-com-o-cesio-137-em-goiania.html#F564371

O Lixo Nuclear corresponde tudo aquilo com componente radioativo e não possui nenhuma utilidade, formado por diversas fontes, sendo as principais as usinas nucleares, as armas nucleares, os laboratórios de exames clínicos e clínicas de oncologia.
Assim como a maioria dos outros tipos de lixo, o principal problema relacionado ao lixo nuclear relaciona-se à sua destinação adequada, podendo causar inúmeros problemas que vão desde vômitos até à morte imediata pela contaminação radioativa. Muitas empresas despejam os lixos radioativos diretamente nos rios, causando assim a contaminação das águas e, além disso, causam contaminação da atmosfera devido a emissão gasosa desses compostos químicos.
Cada tipo de resíduo nuclear tem um destino. "Depende do grau de radioatividade e dos materiais de que ele é composto", diz o engenheiro Alfredo Tranjan Filho, diretor da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão governamental criado para fiscalizar o uso de material radioativo.
Classifica-se em alta, média e baixa radioatividade: As baixas ou médias são armazenadas em depósitos provisórios ou permanentes (No Brasil, há depósitos provisórios em centros de pesquisa nuclear no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais - o único depósito permanente fica em Goiás); Os de alta são pastilhas gastas de urânio vão sendo empilhadas em uma piscina de resfriamento ao lado do reator onde são usadas.


Na tabela abaixo são descritos os principais produtos de cada tipo de resíduo e qual a sua destinação adequada segundo as normas regulamentadores internacionais e nacionais. 

Tipo de Resíduo
Produtos/Destino
Baixa Radioatividade
Tudo que entra em contato com material radioativo, como ferramentas, luvas, roupas de proteção de operários e material de laboratório
Latas sem blindagem especial, guardadas em depósitos temporários, perto de onde o lixo é produzido. Depois, elas podem seguir para depósitos subterrâneos
Média Radioatividade
Recipientes usados de combustível nuclear, peças de reator e rejeitos químicos dos processos de mineração e enriquecimento de urânio
Em geral, é guardado nos mesmos locais que o lixo de baixa radiação, mas com uma grande diferença: esse tipo de rejeito fica dentro de tonéis blindados de concreto
Alta Radioatividade
Pastilhas gastas de urânio, usadas como combustível de reatores, e rejeitos líquidos oriundos da extração de plutônio para fabricação de bombas nucleares
É guardado em piscinas protegidas junto aos próprios reatores das usinas, ou em depósitos provisório


O armazenamento deste material consiste em proteger o meio ambiente de seus efeitos novicos até que sua meia-vida ou período de semidesintegração resulte em radioatividade 0 (zero) ou níveis que não podem causar problemas.
Entende- por meia-vida ou período de desinstragraçao de um isótopo radioativo o tempo necessário para que se desintegre a metade dos átomos radioativos existentes em qualquer quantidade desse istótopo. É importante salientar, que cada elemento apresenta uma meia-vida específica, o que permite os 03 (três) tipos de resíduos supracritados. Ex: O período de meia-vida do iodo-131, utilizado na medicina nuclear, é de 8 dias, enquanto do urânio-235, utilizado nas usinas, é 4,5 x 10^9 anos.

Nesse contexto, é de extrema importância a intervenção do Estado como órgão de fiscalização do descarte de materiais radioativos, assim como proporcionar uma estrutura mínima necessária de apoio para que este descarte ocorra de forma adequada.

FONTE:
Maior acidente radiológico do mundo, césio-137 completa 26 anos. Disponivel em: http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/09/maior-acidente-radiologico-do-mundo-cesio-137-completa-26-anos.html Acesso em 08 Nov 2014.
Qual é o destino do lixo nuclear produzido no mundo? Disponível em http://meioambiente.culturamix.com/lixo/lixo-radioativo Acesso em 08 Nov 2014.
Para Onde Vai O Lixo Nuclear? Disponivel em http://meioambiente.culturamix.com/lixo/para-onde-vai-o-lixo-nuclear Acesso 08 Nov 2014

11 comentários:

  1. Mais uma vez observa-se os perigos provenientes da má condução da relação médico-paciente. É imprescindível que os profissionais de saúde realizem os exames físicos necessários (a clínica é fundamental), além do resgate socioeconômico do paciente, analisando as possibilidades de influência de fatores determinantes de saúde, como o saneamento básico, instruções básicas de higiene e fatores geográficos e sociais, realizando a intervenção nesta realidade, uma mudança que se inicia com o diálogo.
    Como a intoxicação por material radioativo gera uma série de problemas de saúde (desde vômitos, morte a alterações de material genético em descendentes de contaminados, o que ocasiona anomalias ou monstruosidades, dependendo do grau de exposição) entre as populações, diz-se que se trata de um problema de saúde público, e portanto, deve ser entendido com tal importância.
    O Art. 225 da Constituição Federal diz: "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo para as presentes e futuras gerações;
    Art. 200, incisos II e VIII, fixam, como atribuição do Sistema Único de Saúde – SUS -, entre outras, a execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador e colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho."
    É evidente que o Ministério da Saúde e demais órgãos e entidades de saúde a nível municipal e estadual devem manter um controle constante das usinas e de fontes de materiais radioativos, como os provenientes dos ambientes hospitalares, seja por programas de conscientização e fortalecimentos das CIPAS, ou ainda pela vistoria deste manuseio.

    FONTE:
    http://www.disaster-info.net/lideres/portugues/brasil_07/apresentacoes/CCGVAM.pdf

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  2. Se considerarmos que a presença do lixo radioativo é bem menor que a presença do lixo comum, talvez não houvesse motivos para tanta preocupação. No entanto, é reconhecida a sua característica de permanência ativa por milhares de anos aliada ao alto grau de contaminação e desgaste de tecidos biológicos. Dessa forma, o lixo nuclear deve ser transportado, tratado e isolado com máximo rigor de cuidado, seguindo diversas normas de segurança internacionais, a fim de evitar qualquer tipo de acidente ou contaminação. Um dos principais problemas atuais é o destino deste tipo de lixo. São muitos os relatos de pessoas contaminadas pela radioatividade em todo o mundo, o exemplo citado no texto, apesar de ter acontecido há algumas décadas, deve ser motivador para que os governos incentivem os profissionais da ciência na busca por alternativas mais eficientes para o manejo correto do lixo produzido nas reações que envolvem átomos radioativos contaminantes.

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  3. Há pelo menos seis décadas a humanidade tem à sua frente o problema de um lixo nuclear crescente, que permanece sem solução definitiva. Desde que as primeiras experiências com a energia nuclear foram realizadas, os países detentores dessa tecnologia têm desenvolvido métodos para lidar com os rejeitos radioativos de alta atividade, que demorarão séculos, milênios ou até milhões de anos para deixarem de ser nocivos ao homem e à natureza. Mas não são apenas rejeitos provenientes de usinas nucleares que representam perigo se não forem tratados e depositados adequadamente. O lixo resultante de outras aplicações da radiação nuclear, como o usado em equipamentos em hospitais, na indústria e na agricultura, também requerem cuidados.omo foi citado no post no Brasil, ocorreu um dos mais graves acidentes da história com lixo nuclear quando, em 1987, houve negligência no descarte de equipamentos com material radioativo em um hospital, e os resíduos foram manipulados e espalhados por catadores de sucata. Em decorrência, ao menos 621 pessoas foram contaminadas pela exposição ao Césio-137 em Goiânia, capital de Goiás.Os principais problemas do lixo radioativo e que ele permanece contaminado por um longo período, podendo chegar até mais de 100 mil anos; ele também representa um constante risco, pois caso haja um vazamento a radiação pode causa graves problemas de saúde nas pessoas que forem expostas, como o queimaduras, câncer, mal formação de crianças e dependendo do grau de radiação levar a morte.

    http://lixoradioativopic.blogspot.com.br/
    https://almanaque.abril.com.br/lixo-radioativo

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  4. O lixo nuclear é todo resíduo formado por compostos radioativos que perderam a utilidade de uso. Ele pode levar de 50 a 100 anos para perder toda sua radiação e é produzido por diversas fontes, sendo as principais:

    Usinas nucleares: após o processo de fissão nuclear, o que sobra do uso do urânio é considerado lixo nuclear.
    Armas Nucleares: na fabricação, manutenção ou desativação deste tipo de arma, vários resíduos nucleares são gerados.
    Laboratórios de exames clínicos: alguns instrumentos de exames médicos usam produtos radioativos como, por exemplo, máquinas de raio-x.
    Contudo, embora diversos métodos de destinação tenham sido discutidos durante ainda não há solução para o lixo radioativo. Já surgiram propostas para se dispor de tais resíduos, inclusive colocá-los em foguetes e dispará-los para o sol. A maioria das soluções atualmente propostas para a disposição final do lixo radioativo envolve seu enterro no subsolo numa embalagem especial com proteção forte o bastante para impedir que sua radioatividade escape. Porém, há dois riscos principais no enterro de lixo radioativo: a contaminação do ar e a da água.

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  5. Acidentes nucleares afetam um grande número de pessoas e são de difícil controle. Assim, o lixo nuclear deve receber atenção especial para evitar catástrofes. No caso de 1987, perecebeu-se um descaso com relação a isso, mas o evento serviu para estimular o tratamento adequado do lixo.
    Com o tempo, o material radioativo se degrada e perde atividade, mas isso pode demorar muitos anos.

    A forma como o lixo nuclear é descartado no Brasil se dá de várias maneiras de acordo com o nível de radioatividade daquele determinado resíduo, que pode ser dentro da própria usina e pela vizinha da mesma. Antes de serem descartados eles são analisados e classificados, considerando o tempo que serão radioativos. Por exemplo, o combustível vence a cada um ano e deve ser substituído e ele gera um alto nível de radioatividade, sendo considerado o mais perigoso dos resíduos da usina, porém, pode ser reciclado. Com exceção ao combustível, os demais são considerados de média ou de baixa intensidade radioativa porque eles são gerados no contato direto ou indireto com ferramentas, roupas e equipamentos que fazem parte do sistema de uso do combustível da usina.
    Todos o lixo nuclear gerado pelas usinas de Angra dos Reis estão sendo depositados, temporariamente, em um Centro de Gerenciamento de Rejeitos. O local está inserido no mesmo lugar que as usinas. Porém, com o projeto de construção de uma terceira usina, Angra 3, foi exigido que seja construído um outro tipo de depósito, chamado geológico, que poderia armazenar esse tipo de lixo até 100 anos. O lugar serviria também de depósito para receber o lixo nuclear gerado por qualquer indústria no país, que tivesse esse tipo de resíduo e também dos hospitais.
    FONTE
    http://meioambiente.culturamix.com/lixo/para-onde-vai-o-lixo-nuclear

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  6. A postagem foi muito interessante na medida em que apresentou os riscos provenientes do contanto com o lixo radioativo e que decorre principalmente da falta de informação a respeito do assunto e de como se dá a contaminação por radiação. Os rejeitos radioativos provenientes de hospitais, usinas nucleares, centros de pesquisas, etc., recebem o nome de lixo Nuclear. Como o próprio nome já diz, este material é resultado da atividade com elementos radioativos que emitem energia nuclear, como por exemplo, Urânio, Césio, Estrôncio, Iodo, Criptônio e Plutônio. Este lixo não pode ser reutilizado em razão dos isótopos radioativos, ou seja, não pode ser tratado como lixo comum. Tal lixo apresenta perigo, pois, quando os isótopos de Urânio passam pelo processo de fissão nuclear, se desintegram e passam a emitir radiações gama, que são extremamente nocivos por possuírem um grande poder de penetração, invadindo as células do corpo, comprometendo o funcionamento bioquímico normal do corpo e levando à morte.
    Os rejeitos de usinas nucleares são colocados em recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto, devendo permanecer confinados por um período longo, que varia de 50 a 300 anos. A radiação desaparece após esse tempo e não oferece mais riscos. Mas é importante destacar que esse período não é fixo, pode variar de um lixo para outro. Como o texto mostrou muito bem, um dos maiores acidentes envolvendo o lixo Nuclear ocorreu na cidade de Goiânia, em 13 de setembro de 1987, e resultou na morte de mais de 400 pessoas. O material radioativo responsável pela catástrofe foi o Césio 137, que contaminou adultos e crianças. Após o acidente foi preciso criar o repositório: local isolado e profundo, recoberto com placas de chumbo (isolante), onde o lixo nuclear foi armazenado.
    No que concerne a tudo isso, faz-se necessário, portanto, mais medidas governamentais que controlem e punam o mal descarte de resíduos radioativos, como por exemplo, a Lei nº 10.308, de 20 de novembro de 2001, que dispõe sobre a seleção de locais, a construção, o licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a indenização, e principalmente, sobre a responsabilidade civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos. Aguardo novas postagens ansiosamente.

    Fonte:
    http://www.brasilescola.com/quimica/lixo-nuclear-perigo.htm
    http://transparencianuclear.blogspot.com.br/p/legislacao-nuclear.html

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  7. Os resíduos radioativos são os resíduos que necessitam de maior cuidado na armazenagem. Talvez, por isso mesmo, são de caro acondicionamento. Mesmo os resíduos de baixa radioatividade podem seguir a depósitos subterrâneos, e os de média radioatividade tem quem ser lacrado em contêineres lacrados com concreto e/ou chumbo. Os de alta radiatividade (RAA) são as pastilhas de urânio usadas como combustíveis, a cada um ano, um terço desse combustível "vence" e precisa ser trocado. O RAA não presta como combustível, mas ainda emitirá radiação e calor por séculos. Por isso, é guardado dentro da própria usina, em uma piscina especial, feita para resfriá-lo e conter a radiação perigosa. Além desse perigo, existe as alterações ambientais causada pela liberação de resíduos não polunetes mas que modificam, por exemplo, a temperatura dos mares e rios, pois é liberada água ainda em alta temperatura.
    Uma alternativa é reciclagem de lixo radioativo. Sim ela existe! Apenas 1% do produto da reação é o isótopo de urânio pronto para ser reaproveitado. Outros 95% ainda precisam ser enriquecidos para ser reutilizados. O urânio reciclado é mais caro que o natural, mas é mais ecológico e reduz o volume de lixo produzido. O problema é que só existem três unidades no mundo capazes de fazer essa reciclagem.

    Fonte:http://mundoestranho.abril.com.br/materia/onde-e-guardado-o-lixo-nuclear-das-usinas-brasileiras

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  8. Certamente dentre os tipos de resíduos, o nuclear e o que tem potencial mais nocivo à saúde humana, restos de combustível nuclear e materiais usados na radioterapia representam elementos que devem ser vistos com cautela, o lixo nuclear além de ter uma meia vida bastante longa, não permite o seu reaproveitamento e deve ser simplesmente estocado, logicamente usando-se de procedimentos que evitem o vazamento ou contaminação do meio, a exemplo do Césio 137, que entrou em contato com a população e gerou uma crise de saúde pública. Tendo isso em vista a energia obtida a partir de meios nucleares, apesar de ser uma energia limpa, gera restos bastante perigosos que exigem um armazenamento que zele por todos os procedimentos de segurança, que vão se aprimorando ao passar dos anos, também há o risco do resíduo nuclear cair em mãos terroristas, acidentes no transporte ou casos de vazamentos, onde ocorre a denominada poluição nuclear e é causada pela destinação incorreta ou vazamento de resíduos radioativos proveniente de diversas fontes que utilizam a energia nuclear, se caracteriza pelo alto grau de periculosidade devido a capacidade de causar alterações nas estruturas das células provocando, assim, alterações no organismo como um todo.

    Fonte:
    http://www.brasilescola.com/quimica/acidentes-nucleares-historicos.htm

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  9. O lixo atômico produzido por uma usina nuclear - como o plutônio - leva cerca de 24 mil anos para ter sua radioatividade reduzida apenas pela metade. Para se ter uma idéia, somente as usinas de Angra 1 e 2 produzem juntas, por ano, 47 toneladas de resíduo com alto índice de radioatividade - composto por água e demais materiais que entram em contato direto com o núcleo do reator, onde estão as pastilhas de urânio. Há ainda o lixo atômico considerado de baixa e média radioatividade, como equipamentos e roupas. Ambos são estocados provisoriamente na própria usina. O de alta é armazenado em piscinas localizadas próximas ao reator, enquanto os demais resíduos são colocados em tambores - que hoje já somam 6.302. "Durante o tempo de vida da usina, temos condições de armazenar com segurança todos esses resíduos", garante o presidente interino da Eletronuclear, Evaldo Césari de Oliveira.

    O armazenamento do lixo atômico na usina ainda é provisório porque não há uma política nacional sobre a destinação final desse material. Nem mesmo a Alemanha e os Estados Unidos, países dos quais o Brasil adquiriu a tecnologia nuclear, têm soluções definitivas para o lixo atômico. Está sendo analisado atualmente pelo Senado o Projeto de Lei aprovado no início de junho pela Câmara dos Deputados que determinaria locais definitivos para acomodação do lixo atômico, assim como o processo de fiscalização desses depósitos. os resíduos de baixa e média radioatividade precisam ser armazenados por um período de cerca de 300 anos. Já os de alta exigem uma tecnologia de isolamento que mantenha os resíduos seguros por milhares de anos, como depósitos profundos em montanhas de rochas. Para o coordenador da campanha de energia nuclear do Greenpeace no Brasil, Ruy de Góes, nenhuma forma de armazenamento garantiria segurança total para o meio ambiente e para as gerações futuras. "Seria preciso criar, por exemplo, símbolos que indicassem para uma próxima civilização que em determinada montanha estaria enterrado um material capaz de matá-la", afirma.

    Fonte:

    http://www.terra.com.br/reporterterra/nuclear/rep_01.htm

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  10. Se acumulo de lixo já é uma questão preocupante, imagine de lixo nuclear.
    Esse tipo de lixo apresenta potencial de contaminação elevadíssimo, o que nos leva a pensar se a produção de energia nuclear vale realmente a pena, especialmente após acidentes em usinas, como o ocorrido em Fukushima em 2011.
    O perigo do lixo ou rejeito radioativo está em sua propriedade nuclear da contaminação, ou seja, o contato com uma substância não-radioativa a contamina e assim sucessivamente. Os rejeitos radioativos precisam ser tratados antes de serem liberados no meio ambiente, se for o caso. Eles podem ser liberados quando seu nível de radiação for igual ao do meio ambiente e quando não apresentarem toxicidade química. Mas esse tratamento, além de caro, é de complexidade técnica significativa – por isso, muitas das vezes, a opção primeira é a estocagem, quando surge outro problema, que é não só técnico, mas também, na maioria, político, particularmente no que diz respeito à seleção de locais para esse depósito.
    Quando descartado em local inadequado, a população fica em risco, como o incidente em Goiânia citado na postagem.
    Acredito que o uso da energia nuclear deveria acontecer apenas em situações de extrema necessidade, pois a consequência do seu uso (a quantidade de lixo gerado, o perigo caudado por esse lixo, e seu enorme tempo de desintegração) é insustentável.
    Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-968-4819-h,00.html

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