sábado, 15 de novembro de 2014

Esgotamento Sanitário: O lixo líquido!

Na 01ª postagem, foi abordado o lixo de uma forma geral e ampla esclarecendo o seu destino geral e as principais repercussões no meio ambiente e na vida do homem. Nas últimas 05 postagens destacaram-se os tipos de lixos mais comuns, salientando o seu destino correto e quais as principais consequências quando descartado de forma aleatória. Na atual postagem será destacado um lixo diferente dos demais por apresentar-se na forma líquida e sua produção ocorrer de forma involuntária, mas consciente: O Esgotamento Sanitário.
Diariamente em nossas residências realizamos atividades básicas que fazem parte do nosso cotidiano, como lavar as louças, as roupas, as mãos, tomar banho, escovar os dentes, em alguns casos banhar os animais, assar alimentos com óleo vegetal ou animal, dentre outras. Estas atividades produzem resíduos, que geralmente, ou quase nunca paramos para observar o seu destino final, ou mais simplesmente: É lixo? Eu economizei na utilização? Podemos reaproveitar?
Algumas metodologias são utilizadas na tentativa de minimizar o desperdício e a maximização do reaproveitamento da água, como a utilização da água da máquina de lavar para lavar o quintal e a água que escorre das loucas limpas pode ser aproveitada para aguar plantas; Cisternas que captam água da chuva, que não é recomendada para beber ou tomar banho, mas para lavagens de carros, roupas, louças, aguar jardins, utilizar em descargas; Enfim, medidas sustentáveis ao meio ambiente.
De modo geral, os resíduos provenientes destas atividades são lançados no esgoto interno de nossas residências e desembocam na rede de esgotos das ruas e avenidas que residimos quando existem. Quando não existe o esgotamento sanitário, um dos 04 pilares do saneamento básico, há um acúmulo em nossas próprias residências ou os mesmos consolidam o que chamamos de esgotos a céu abertos.
O esgoto é composto em sua maioria por água e resíduos sólidos, que basicamente é matéria orgânica e mineral, em solução e em suspensão, assim como alta quantidade de bactérias e outros organismos patogênicos e não patogênicos. A decomposição anaeróbica destes resíduos produz gases que em locais fechados, como as tubulações e as estações, podem concentrar-se em níveis perigosos, como o metano, altamente explosivo, e o gás sulfídrico responsável pelo cheiro característico do esgoto.
Dados alarmantes divulgados pelo Instituto Trata Brasil “Ranking do Saneamento 2014” evidenciou que Teresina possui um dos piores indicadores de saneamento básico do Brasil (89º de 100), pois apenas 16,33% da população, possui coleta de esgoto; tendo como base os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério das Cidades, referentes ao ano de 2012. Com relação ao tratamento, apenas 14,7% do esgoto da cidade  passa por esse serviço.
Esgoto corre a céu aberto na segunda maior favela do Brasil.
Foto: Moradores
Os esgotos a céu aberto propiciam os mais diversos problemas de saúde pública como a veiculação de germes patogênicos de várias doenças, entre as quais, febre entéricas, diarreias infecciosas, amebíase, ancilostomose, esquistossomose, teníase, ascaridíase, hepatite A, febres, leptospirose, conjuntivites e tracoma, etc

O levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil em novembro de 2010 mostrou que nas localidades com as piores condições de saneamento é igualmente alta (muitas vezes superior a 70%) a relação entre internações por diarreias de crianças com até 05 anos e o conjunto dos atendimentos hospitalares para esse tipo de enfermidade. Destacou também o efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar.
Os esgotos provenientes de casas, hospitais, indústrias, podem desembocar diretamente em rios, causando contaminação destas águas, muitas vezes utilizadas pela própria cidade para consumo, mas o descaso é maior.


Quando há um sistema de esgotamento sanitário eficiente, antes de desembocarem no rio, há o tratamento destes resíduos em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), visando minimizar o impacto destes no meio ambiente:
Pré-Tratamento ou Tratamento Preliminar: O esgoto é submetido à processos de separação dos sólidos mais grosseiros. Gradeamento que pode ser composto por grandes mais grossas, mais finas e/ou peneiras rotativas; Desarenamento nas caixas de areia e Desgorduramento nas caixas de gorduras ou pré-decantadoras.
Tratamento Primário: A matéria poluente é separada da água por sedimentação, facilitada por agentes químicos na coagulação/flocação resultando em sedimentos maiores e decantáveis mais facilmente, podendo obter 60% de eficência.
Tratamento Secundário: Adiciona-se iodo ativado ou filtro biológico, em que a material orgânica é consumida por micro-organismo através de processos aeróbicos nos reatores biológicos, podendo obter até 95% de eficiência. Posteriormente nos decantadores secundários, os micro-organismos são sedimentados dos resíduos que continua o ciclo.
Tratamento Terciário: Ocorre a desinfecção das águas residuais tratadas para a remoção de agentes patogênicos ou determinados nutrientes como nitrogênio e ferro.
Remoção de Nutrientes: Assim como retratado na 01ª postagem, o excesso de fósforo e nitrogênio pode provocar o acúmulo de nutrientes, eutrofização, que ocasiona o crescimento excessivo de algas e cianobactérias. Algumas algas morrem e sua decomposição remove o oxigênio das águas e os peixes morrem, além de algumas toxinas produzidas por elas que contaminam as águas.
Desinfecção: A cloração é indispensável para remover os odores nas estações de tratamento e, sobretudo a remoção de agentes patogênicos.
Finalizado estas etapas na estação de tratamento de esgoto, a água tratada está liberada para ser lançada ao rio novamente, sem causar estragos ao meio ambiente. Em alguns casos, esta água pode ser lançada para reuso, como aconteceu recentemente em Campinas (SP) decorrente da crise hídrica, mas antes de ser lançada ao consumo humano, passará novamente por mais uma etapa de filtração nas Estações de Tratamento de Água (ETA).
Quando o Saneamento Básico é presente e eficiente, os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na Saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na Educação, na expansão do Turismo, na valorização dos Imóveis, na Renda do trabalhador, na Despoluição dos rios e Preservação dos recursos hídricos, etc.
Logo, é de extrema importância que cada um de nós como cidadãos conscientes dos nossos direitos e obrigações, possamos exigir dos governantes a implantação da legislação vigente a respeito do Saneamento Básico, conforme LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

Afinal, a Saúde é direito de todos e dever do estado! (Art. 196 CF 88)


REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS
Manual do Saneamento Básico. INSTITUTO TRATA BRASIL. 2012. Disponível em http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/estudos/pesquisa16/manual-imprensa.pdf  Acesso 15 Nov 2014
KRONEMBERG, Denise Maria Penna; CLEVELÁRIO JUNIOR, Judicael. Esgotamento Sanitário Inadequado e Impactos na Saúde da População. INSTITUTO TRATA BRASIL, Nov 2010. Disponivel em http://www.tratabrasil.org.br/novo_site/cms/templates/trata_brasil/files/esgotamento.pdf Acesso em 15 Nov 2014
Composição do Esgoto. Disponível em http://www.deltasaneamento.com.br/noticia/2/composicao-do-esgoto#.VGd0OfnF_T8 Acesso em 15 Nov 2014.
Sustentabilidade - reaproveitamento da água. Disponível em http://www.atitudessustentaveis.com.br/atitudes-sustentaveis/sustentabilidade-reaproveitamento-da-agua/ Acesso 15 Nov 2014.
Teresina é a 5ª pior capital do Brasil em saneamento básico, diz pesquisa. Disponível em http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2014/08/teresina-e-5-pior-capital-do-brasil-em-saneamento-basico-diz-pesquisa.html Acesso 15 Nov 2014

10 comentários:

  1. Interessantíssimo o pois relaciona vários fatores pertinentes à discussão: o reaproveitamento da água, o tratamento de esgoto e a relação entre infraestrutura sanitária e sociedade. Percebe-se o quanto é importante a questão do reaproveitamento da água, como citado no texto, utilizando a água da máquina para lavar calçadas, carro e reaproveitando a água da chuva. Entretanto faz-se necessário a existência de uma rede de esgoto para captar essa água reutilizada, bem como tudo o que vai "ralo abaixo" em nossas residências. Quando não existe essa rede sanitária adequada, muitos problemas aparecem. É impressionante a informação que o texto dá em relação à falta de saneamento básico em Teresina, se pesquisarmos mais afundo constataremos que esse problema só existe, em suma maioria, nas localidades mais pobres da cidade, onde encontraremos muitos outros problemas relacionados ao descaso das autoridades com a população de baixa renda. O mais preocupante, como foi citado na postagem, é a ocorrência de doenças, que acometem principalmente as crianças. As etapas de tratamento que ocorrem nas ETE's são de muita relevância, dentre elas se destaca a adição de cloro à água. O halogênio cloro nas CNTP é um gás amarelo esverdeado, Cl2, com odor característico e irritante, é venenoso e corrosivo podendo causar a morte se inalado por período prolongado - motivo esse que levou a utilização deste como arma química durante a 2ª guerra mundial. É obtido pelo processo de eletrólise do cloreto de sódio fundido na fabricação de hidróxido de sódio, a partir da água do mar e seu ponto de ebulição é de -33,97°C. A cloração consiste na adição de cloro na água clarificada. Este produto é usado para destruição de microorganismos presentes na água, que não foram retidos na etapa anterior. O cloro é aplicado em forma de gás ou em soluções de hipoclorito, numa proporção que varia de acordo com a qualidade da água e de acordo com o cloro residual que se deseja manter na rede de abastecimento. O cloro é utilizado para desinfecção, para reduzir gosto, odor e coloração da água, e é considerado indispensável para a potabilização da água. O cloro é um produto perigoso e exige cuidado no seu manuseio. A associação do cloro com algumas substâncias orgânicas, os chamados trialometanos, ou compostos orgânicos clorados, podem afetar o sistema nervoso central, o fígado e os rins, e também é conhecido como um composto cancerígeno, teratogênico e abortivo.

    http://ambientes.ambientebrasil.com.br/saneamento/tratamento_da_agua/etapas_do_tratamento.html

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  2. A palavra da vez é REUTILIZAR. Componente da teoria dos 5 R´s, a ideia por trás da expressão tem aberto um leque de possibilidades sustentáveis para a redução do uso da água, bem como a diminuição do lixo de efluentes.
    Há um contraste bem evidente na sociedade brasileira, uma vez que ainda há cidadãos que vivem sem saneamento básico, em diversas partes do país, seja nas periferias, no interior, ou ainda, nas cidades. Como determinante de saúde, o a ausência ou ineficácia do saneamento pode propiciar o surgimento de doenças típicas de país pobre, como as disenterias, verminoses e a leptospirose, influenciando negativamente a vida de milhares de pessoas. Enquanto que há famílias pertencentes à crescente classe média brasileira, e que juntamente aos mais ricos, ainda não despertaram para os riscos reais de uma crise hídrica. Um exemplo disso é o que vem ocorrendo em São Paulo, reflexo de um consumo desenfreado e associado ao desmatamento da Amazônia.
    Para tanto, o governo do estado mais importante do Brasil decretou emergência e já solicitou o aumento da demanda das estações de tratamento de esgotos, uma medida cíclica e de reparo, frente à situação caótica.
    O tratamento dessas águas de reuso é o seguinte:
    Consiste na remoção de poluentes e o método a ser utilizado depende das características físicas, químicas e biológicas.
    O método utilizado nas grandes estações de tratamento é por lodos ativados, onde há uma fase líquida e outra sólida.
    O método, desenvolvido na Inglaterra em 1914, é amplamente utilizado para tratamento de esgotos domésticos e industriais. O trabalho consiste num sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio (aeróbio).
    O processo é estritamente biológico e aeróbio, no qual o esgoto bruto e o lodo ativado são misturados, agitados e aerados em unidades conhecidas como tanques de aeração. Após este procedimento, o lodo é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico.
    Em momentos de crise, em que a saúde pública é posta em cheque, é que as autoridades e órgãos públicos passam a ter noção da dimensão da problemática. É necessário REDUZIR e REUTILIZAR essas águas. E um dos primeiros passos é a adoção de pequenas estações de tratamentos particulares, sejam residenciais ou mesmo industriais, o que proporcionaria um menor consumo de água e um menor despejo de substâncias orgânicas ou dejetos tóxicos em locais inapropriados, como lagos e rios.

    FONTE:
    http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=49

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  3. Muito importante falar sobre esse tema, pois é bastante comum na nossa sociedade. O lixo líquido é produzido em abundância no mundo, mas os meios para descarta-lo não são eficientes, muitas vezes jogados em rios, poluindo-os e contribuindo para degradar o meio ambiente. E ao mesmo tempo em que o planeta passa por uma crise em função da utilização ininterrupta de seus recursos naturais, a reutilização da água de esgoto torna-se uma saída bastante viável para muitos processos. A água de esgoto torna-se extremamente funcional em sua reutilização, uma vez que quando tratado, o esgoto pode ter sua reutilização aplicada na agricultura, e em uma simples lavagem de carro. Há também outro tipo de lixo líquido, que é o proveniente da lixiviação dos materiais encontrados nos lixões e aterros sanitários, conhecido como chorume. A água, proveniente do próprio lixo ou da chuva, entra em contato com os diversos materiais do lixo e inicia-se um processo de reações químicas em cadeia. Ao final desse processo, várias substâncias tóxicas são formadas. Estas substâncias podem, por exemplo, se infiltrar no solo e contaminar o lençol freático, que é fonte de água de uma população próxima.
    Dentro de resíduos líquidos, também podemos encontrar resíduos especiais, como por exemplo o mercúrio, usado nos garimpos brasileiros durante um bom tempo e até hoje utilizado em alguns locais. O mercúrio é altamente tóxico, especialmente aos organismos que vivem na água e que bebem dela.

    http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/lixo_residuos.htm

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  4. Muito importante os aspectos ressaltados pela ótima postagem sobre esgotamento sanitário, frisando pontos como a situação em que se encontram hoje no Brasil e as formas de tratamento quando existem. A higiene é fator de evidente importância na prevenção de diversas doenças que estão associadas diretamente a falta de saneamento básico, doenças que podem ser evitadas pelo manejamento correto desses resíduos biológicos e químicos que o esgoto contém, evitar a exposição ao público (esgoto a céu aberto) e o tratamento antes da sua dispersão nos cursos hídricos. Dentre as doenças relacionadas, encontramos: Febre tifoide, febre paratifoide, sigeloses, cólera, hepatite A, amebíase, giardíase, leptospirose, poliomielite, diarreia por vírus, ancilostomíase (amarelão), ascaridíase (lombriga), teníase, cisticercose, filariose (elefantíase), esquistossomose. Uma grande quantidade de doenças, que afetam principalmente as populações mais carentes que estão diretamente expostas a isso. Um problema alarmante visto que segundo dados do IBGE, de 2010, mais das metades das residências brasileiras não estão conectadas a rede de esgoto.

    Fonte:
    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ibge-mais-da-metade-das-casas-nao-esta-ligada-a-rede-de-esgoto/n1237753942445.html
    http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/bid/224369/Conhe-a-as-doen-as-causadas-pelo-n-o-tratamento-do-esgoto

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  5. Os esgotos sanitários podem conter os mais variados organismos patogênicos e em concentrações elevadas. Portanto, não restam dúvidas sobre a possibilidade de transmissão de patógenos em qualquer modalidade de reúso da água, colocando em risco diferentes grupos populacionais. Um dos fatores limitantes para o desenvolvimento da prática eficaz de tratamento da água reside no fato de que estas ações geram altos custos para a sua implantação e também para a sua manutenção. Dessa forma, os governos utilizam-se da justificativa de falta de verbas para a implantação de centros de tratamento de água. Particularmente, os sistemas de esgotos sanitários também compreendem uma série de etapas complementares, de forma a garantir a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada e sanitariamente segura dos esgotos sanitários.

    Fonte: http://www.finep.gov.br/prosab/livros/Esgoto-Prosab%20-%20final.pdf

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  6. Esse é um assunto de grande abrangência e importância. Pode-se, por exemplo, colocar em pauta as várias e curiosas formas de reaproveitamento de água. As águas que foram escoadas no banho ou na pia podem servir para a descarga da privada, são as chamadas águas de reuso. Outro ponto a se destacar é a eutrofização e poluição dos rios por um despejo equivocado de rejeitos líquidos diretamente nessas fontes de água. Destaca-se, nesse caso, os despejos hospitalares as quais pode conter substâncias acumuladoras podendo chegar ao homem com efeitos devastadores. Daí a importância das Estações de Tratamento de Esgoto (ETA), que segundo a Sabesp são verdadeiras fábricas de água potável.A cloração, uma das etapas do tratamento, é bem antiga e desde que passou a ser utilizada, houve queda no índice de mortalidade infantil e redução das doenças provocadas pela água contaminada. Também o sanamento básico é indispensável à saúde da população. Pois, bem como o sólido, o contado com lixo líquido sem tratamento pode ser foco de várias doenças contagiadas, dessa forma o esgoto a céu aberto têm que ser regularizado, ou melhor, eliminado com a implantação de recolhimento e distribuição para unidades de tratamento e, então, só então, devolvida aos rios que são quem matam nossa sede. Além disso, como foi apontada a cidade de Teresina, alguns muitos bairros dessa cidade ainda não possuem um esgotamento adequado a eliminação de excrementos é feito com base no "aviãozinho" o que pode também proliferar doenças.

    Fonte:
    http://www.suapesquisa.com/o_que_e/tratamento_agua.htm

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  7. A postagem foi muito interessante na medida em que abordou o tema do lixo pelo aspecto do esgotamento sanitário, abordando as medidas que devem ser tomadas em relação a esses resíduos assim como todas as etapas de tratamento.
    O esgoto sanitário , segundo definição da norma brasileira NBR 9648 é o despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária. Destes, uma consideração importante deve ser feita sobre o esgoto doméstico, que é gerado a partir da água de abastecimento e, portanto, sua medida resulta da quantidade de água consumida. Esta geralmente expressa pela taxa de consumo per capita, variável segundo hábitos e costumes de cada localidade. Este tipo de resíduo em si, é um problema, pois se relaciona intimamente com o saneamento básico e o desperdício, este último, fator agravante, visto que as reservas de água doce potável no mundo estão se esvaindo, e a primeira, um problema de saúde pública na medida em que se atira na rua dejetos que acabarão provocando doenças, e infectando pessoas, caso os mesmos não o sejam tratados, realidade essa, que é comum no Brasil.
    É preciso que o governo brasileiro tome mais medidas a fim de garantir o saneamento básico principalmente em bairros de classe mais baixa, que acabam sendo vítimas deste lixo, que tanto influencia e prejudica sua saúde. Aguardo novas postagens.

    Fonte:
    www.tratamentodeagua.com.br

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  8. O tratamento de esgoto, abordado na postagem, reduz os impactos da ação humana no ambiente e evitam a propagação de doenças. O post foi interessante ao tratar dos processos e importância dos ETEs, que são indispensáveis às aglomerações humanas.

    Nos bairros onde existem esgotos ao ar livre ou fossa, o mau cheiro e a sujeira proliferam juntamente com o lixo, favorecem a reprodução de ratos, baratas e moscas e muitas bactérias prejudiciais a nossa saúde, causando um aumento de doenças, como verminose, hepatite, disenteria, leptospirose, cólera, dengue e muitas outras. Portanto, dois objetivos são fundamentais para o planejamento de um sistema de esgoto: a saúde pública e a preservação ambiental.
    http://www.compesa.com.br/saneamento/esgotamentosantiario

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  9. "É trágico que a diarreia, apenas um inconveniente no mundo desenvolvido, mate cerca de 1,5 milhão de crianças a cada ano", disse Diretora Executiva da UNICEF, Ann M. Veneman. Globalmente, cerca de 88% das mortes por diarreia são atribuídas à má qualidade da água, saneamento inadequado e falta de higiene. Em 2006, 2,5 bilhões de pessoas não tinham acesso a instalações sanitárias adequadas e aproximadamente uma em cada quatro pessoas nos países em desenvolvimento defecou ao ar livre.
    De acordo com dados da postagem a situação atualmente não melhorou tanto, especialmente em Teresina, que lidera o ranking da precariedade de esgotamento sanitário.
    O saneamento básico é um direito definido em lei na constituição federal. A Lei 11.445/07 – Lei Federal do Saneamento Básico aborda o conjunto de serviços de abastecimento público de água potável; coleta, tratamento e disposição final adequada dos esgotos sanitários; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, além da limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos.
    É fundamental, então que a população exija esse direito do governo que tanto lhe fez promessas para ser eleito.
    Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/media_16165.htm
    http://www.portalresiduossolidos.com/lei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico/

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  10. A compreensão das relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente constitui etapa inicial e importante no desenvolvimento de um modelo de planejamento de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Em termos de planejamento, a identificação e análise dos efeitos advindos da implementação de determinado sistema, seja ele de água ou de esgotos, deve conferir meios para se estabelecer uma certa ordem de prioridades e apontar o direcionamento mais adequado das ações, uma vez que cada população a ser beneficiada possui características distintas e nem sempre as ações de saneamento podem ser orientadas da mesma forma. Assim, os impactos positivos e negativos devem sempre ser verificados quanto à sua real ocorrência e dimensão, na tentativa de se estabelecerem efeitos comparativos entre realidades diferentes, de modo a propiciar a avaliação correta das possíveis alternativas. Nesse sentido, a proposta deste trabalho de sistematização dos efeitos no meio ambiente e na saúde pública, em cada fase da implementação de ações de saneamento, constitui-se em um avanço, no sentido de reunir elementos para um modelo de planejamento em saneamento. No entanto, não só os aspectos relacionados ao meio ambiente e à saúde pública devem ser levados em consideração. No caso do saneamento, existem diferentes dimensões, em níveis crescentes de complexidade, a serem consideradas na definição de uma solução apropriada, como a econômica, financeira, social, institucional e a política, o que torna mais difícil, ainda, o desenvolvimento de um modelo. A construção teórica a ser desenvolvida para o modelo de planejamento deve, desse modo, contrapor-se a estudos de caso, que permitam verificar a pertinência dos elementos e processos propostos, subsidiando, assim, a formulação do modelo.

    Fonte:

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2002000600026&script=sci_arttext&tlng=pt

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